terça-feira, 14 de setembro de 2010

TOMMY - The Who



Queridos amigos sei que temos andando meio sumidos mas estamos retomando nossas resenhas, e mais uma vez quem vai colaborar é o Fred Macedo, amigo, Gaitista e Produtor Musical, espero que curtam.


A historia do the who se inicia quando Pete Townshend e John Entwistle se encontram e juntam-se para formarem uma banda, após algumas mudanças de membros fixa-se a formação clássica com roger daltrey , Pete , John e Keith Moon, e com uma ajuda do amigo de Pete, Richard Barnes mudam o nome da banda para The Who. Gravaram discos de enorme influencia no rock , sendo Tommy o resenhado de hoje.


Roger Daltrey - Vocais

John Entwistle - Baixo, trompa francesa, vocais
Keith Moon - Bateria
Pete Townshend Guitarra, teclado e vocais
Paul e Simon Townshend - Backing vocals

Produzido por Kit Lambert no IBC Studios, Londres

Produtor executivo: Chris Stamp
Engenheiro-de-som: Damon Lyon-Shaw
Design de capa e pinturas: Mike McInnerney

Tommy começou a ser gravado em 19/09/1968 em Londres, as sessões de gravação ocorreram ate 03/1969, tendo um custo total de 36.000,00 dólares, alcançou a quarta colocação entre os mais vendidos e ficou nas paradas de sucesso por 126 semanas nos EUA, e na Inglaterra ficou em segundo lugar nas paradas.

Considerada a 1 ª opera rock composta, Tommy influenciou 80% do que foi feito no rock e pop a partir de 1969; principalmente do ponto de vista que a guitarra era encarada no rock e na composição da musica como instrumento, ao cunhar vários acordes perfeitos para cada música Pete Townsend nada na corrente contrária da maioria dos guitarristas da época que eram virtuosos e colocavam solos em praticamente todas as composições, coisa rara de se ouvir em Tommy. O que importava aqui era a força harmônica e melodica dos acordes.
Quando a 1ª música Overture começa, pontuada por violões e guitarras não tem como não se transportar para o mundo do menino que ficou surdo e cego após presenciar o assassinato do pai pela mãe e o amante e que depois transforma-se num campeão de fliperama e torna-se um messias quando adulto. Tratando-se de uma parábola sobre a opressão e o abuso infantil como fatores primordiais nos descaminhos de um ser humano no caminho da busca da sua própria verdade. A tensão presente em “Sparks”era quase que claustrofóbica, desaguando numa versão surpreendente de ‘’Eyesight to the Blind’’ do bluesman sonny boy williansom, que faz com que a letra ficasse inserida no padrão sonoro do álbum.Townsend faz uma abordagem da sua guitarra que um compositor erudito ao empregar toda sua seção de cordas em uma obra, que se encadeava na magistral ‘’Christmas’’, recheada de acordes poderosíssimos. ‘’Underture ‘’, e seus mais de 10 minutos mostravam como os violões e o contrabaixo poderiam unir-se e formar um som poderoso,tenso e psicótico.
Funcionando como uma sequencia de passagens instrumentais, Tommy explica como Pete Townsend vinha estruturando harmonicamente suas músicas, em que a sutileza da base feita com os violões encontrava surpreendente harmonia na furiosa bateria de Keith Moon e em seus riffs envenenados de guitarra. Alguns exemplos de músicas são:’’ Acid Queen’’,’’1921’’,’’GO to the Mirror!’’, essa é a condensação da obra, o momento chave do disco.
Este disco também ensinou que um guitarrista deve ser bom compositor, pois sem essa qualidade o ‘’tocar guitarra’’, torna-se um ato mecânico e sem emoção alguma. Uma redundância de se falar deste disco é o trabalho do baterista Keith Moon, que torna-se mais maravilhoso a cada audição que se faz do álbum descobrindo novas viradas inspiradas e um senso de dinâmica tão pouco visto num disco de rock da época.

Fred Macedo