segunda-feira, 24 de maio de 2010

Karmakanic - Wheel Of Life


Selo: Regain Records
Produção: Jonas Reingold
Nacionalidade: Suécia
Duração: 1:05:36
Ano: 2004

Nunca tive aquela "banda do coração" como a maioria das pessoas que se interessam por música.... Até conhecer o Karmakanic, posso dizer que esta é a banda do meu coração, aquela que vc ouve admira, ouve de novo e admira mais ainda...
Tudo começou em Julho de 2009 quando Nelson, Léo, Hugo e Eu decidimos fazer nosso projeto de conclusão de curso juntos. Marcamos uma reunião informal na casa do Hugo PSilva, para ouvir referências, discutir sobre o conceito do projeto... 
O Hugo é um especialista em Rock Progressivo, amante incondicional do "Dream Theater", tem um conhecimento vasto sobre este movimento e tem um gosto bem apurado, resultado disso, hoje ele trabalha com o premiado produtor Marcos Mazzola no Selo MZA, e me influenciou bastante em minha maneira de ouvir música me apresentando o mundo "Progressivo" até intão inexplorado por este que vos fala... Antes de começarmos a ouvir um monte de coisas ele colocou este disco pra gente escutar, ouvimos o disco todo de uma vez, ninguém teve coragem de interromper e olha que as músicas são grandes rsss, e desde então o Karmakanic se tornou grande referência pra mim.

O Karmakanic  é uma  banda Suéca de Rock Progressivo foi fundado em 2002 pelos músicos Jonas Reingold, membro fundador das bandas The Flower Kings e The Targent, o baterista Zoltan Csorsz, além do vocalista Goran Edman e do Guitarrista Krister Jonsson.
Seu som é uma mistura de Jazz, Fusion, Folck e Rock, muitos chamam o estilo deles de "Arte Rock", e com certeza é uma obra de arte, o que mais me chamou atenção na banda e específicamente neste album, é que ele soa bem moderno, atual e Pop.
Se vc acha que ao escutar Karmakanic vai encontrar um som tradicionalmente "progressivo" esta enganado.
Suas músicas contém energia, como se os instrumentos "perseguissem" uns aos outros precisa e harmonicamente, às vezes em linhas rápidas e bem complexas, e padrões rítmicos em constante variação. Soa como se fosse a uma trilha sonora de um filme, os arranjos, as sonoridades contam uma estória, com várias paisagens sonoras diferentes uma das outras.
Wheel Of Life foi o segundo álbum da banda lançado em 2004 depois do sucesso do primeiro Entering The Spectra lançado em 2002.
Parece que um belo dia Deus olhou para a terra e escolheu estes caras para fazerem um bem a humanidade rss,
Eu não vou  falar sobre cada faixa porque ficaría muito extenso, mas algumas ressalvas não faz mal a niguém não é mesmo rss.
A Primeira delas é o violão, vixi, que sonzão, sempre que preciso de uma referência de violão escuto este disco. Uma caracteristica interessante são os improvisos, pianos, guitarras, batera, sintetizadores enfim cada instrumento tem seu momento de marcar presença nos arranjos, em cada música vc vai observar isso...
Os vocais são muito bem trabalhados e Pop tb, vc vai encontrar um pouco de musica erudíta, misturada com baixo fretlers, guitarras distorcidas com bastante pegada misturada com guitarras clean bem jazzistíco meio Pat Metheney, orquestra, coral, melotron, moogs e outros sintetizadores, Pianos elétricos, xylophones,  improvisos virtuosos com alto grau de dificuldade, musicas com 14, 12, 8 minutos e muita, mas muita dinâmica mesmo...
Tudo isso sem peder a característica do Rock Progressivo, tudo na mais perfeita sintonia, impressionante...
A gravação e mixagem foram feitas no Reingold Studio e foi masterizado no Taylor Made Studio todos em Estocolmo...
O disco é fabuloso mas já aviso, é musica pra gente grande, pra quem realmente gosta de música boa...por isso... não se assuste rssss....


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Moving Pictures - Rush

Queridos amigos apartir de agora vou postar tb as críticas de alguns colegas de profissão. Começaremos pelo meu grande amigo Nelson Glavão, Baixista e Produtor Musical, nos conhecemos na Faculdade de Produção Fonográfica e nos tornamos grandes parceiros, inclusive fizemos juntos o projeto de conclusão de curso a produção do EP da banda "Progaritmo", sem mais delongas, agradeço a gentileza do Nelson que prontamente atendeu meu convite, com certeza ele continuará colaborando com este humilde blog.



Selo: Mercury
Produção: Terry Brown e Rush
Nacionalidade: Canadá
Duração: 39:44

Recebi o convite do Daniel, profissional e amigo que admiro muito, para fazer um artigo sobre um grande álbum da indústria fonográfica. O álbum que eu escolhi foi o “Moving Pictures” da banda canadense Rush. Lançado em fevereiro de 81 pela Mercury, é sem duvida um dos melhores discos da banda. Foi seu oitavo trabalho de estúdio e foi produzido pela própria banda em parceria com Terry Brown, produtor que já havia trabalhado com a banda em grandes discos como Fly by night, 2112 entre outros. A “santíssima trindade” do rock progressivo canadense se superou nesse álbum. Com letras expressivas e grooves precisos, Movin Pictures teve oito milhões de cópias vendidas no mundo todo e recentemente teve sua versão remasterizada. Alguns destaques desse maravilhoso disco são: Tom Sawyer, que aqui no Brasil, foi tema da série Profissão: Perigo. Música que explora muito bem o uso de sintetizadores como o Oberheim, OB-1 e o clássico Mini Moog.  Todos tocados e arranjados pelo vocalista/baixista/líder da banda e gênio do Rock Geddy Lee. Lee por sua vez assina todas as melodias do álbum junto com o guitarrista Alex Lifeson, sendo as letras de autoria do mago do ritmo, o baterista Neil Peart. Outra grande música desse disco é a instrumental YYZ que tem uma história muito interessante. Sua introdução foi inspirada pelas luzes piscantes de uma placa do aeroporto de Toronto no Canadá. Quando os músicos são bons, tudo vira arte. YYZ é uma das mais requisitadas músicas em qualquer Jam session, mas tem que ser bom pra tocar. Seu arranjo de baixo requer precisão e velocidade das quatro cordas. O que talvez possa incomodas baixistas ao redor do mundo é timbre excessivamente médio do fender jazz bass de Lee, uma vez que a virtuose do baixista é sua marca registrada, ele não pôde deixar o grave potente a mostra, o que correria o risco de tirar a inelegibilidade dos riffs. Todo o resto é uma obra de arte de 39 minutos e 53 segundos de puro deleito progressivo. Se você ainda não conhece nada do Rush, vale a pena ter o primeiro contato com Moving Pictures. Fico por aqui e aguardo novos convites para poder conversar com vocês um pouco mais. Sintam-se a vontade para mandar e-mails ( nelsongalvao@gmail.com ) sugerindo outros álbuns, ou para dúvidas e criticas.  Saúde e rock para todos.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

The Dark Side Of The Moon - Pink Floyd


Selo: Harvest
Produção: Pink Floyd
Projeto Gráfico: Hipgnosis
Nacionalidade: Inglaterra
Duração: 42:30

Eu sempre ouvia meus professores da faculdade e amigos falando deste álbum...Um belo dia decidi ouvi-lo...Quando terminei, eu estava completamente pasmo, perplexo,  e não consegui mais parar de ouvir, e questionei: "como pude ficar tantos anos sem ouvir isso rrrsss", foi uma experiencia marcante pra mim. 
Dark Side é um disco conceitual de Rock Progressivo gravado em 1973 pela até então desconhecida banda Pink Floyd.
Esta obra de arte nasceu na cozinha da casa do baterista Nick Manson, eles estavam meio abalados com a saida do principal compositor da banda Syd Barrett, e queriam fazer um projeto mais experimental e bem elaborado, foi ai que eles fizeram uma lista das coisas que os encomodavam, preocupações como tempo, dinheiro, loucura, guerra, morte, e decidiram fazer uma obra que abordasse o lado obscuro do ser humano, e durante um ano eles fizeram uma turnê chamada "Eclipse"  e logo após eles entraram em Abbey Road para então produzir o que para muitos é a maior obra do Rock Progressivo de todos os tempos. Na produção eles inovaram em diversos fatores, principalmente do ponto de vista da engenharia de áudio e da engenharia de gravação. Entrevistaram diversas pessoas a respeito dos temas proposto pelo disco, gravaram relógios, pessoas correndo em uma sala, introduziram dialogos, efeitos sonoros e mais uma série de fatores que cito mais profundamente abaixo. 
O resultado disso: Dark Side é o terceiro álbum  mais vendido de todos os tempos, foi o disco que ficou por mais tempo na Billboard 200, tendo permanecido 741 semanas consecutivas, pouco mais de 14 anos. O álbum chegou a Nº 1 nos EUA, Bélgica e França, até em 2002, 30 anos após o seu lançamento, foram vendidas nos EUA mais de 400.000 cópias, fazendo do álbum o 200º mais vendido desse ano. Em 2003 mais de 800.000 cópias do híbrido "Super Áudio CD" de Dark Side of the Moon foram vendidas apenas nos EUA.
Estima-se que 1 em cada 14 pessoas com menos de 50 anos, nos EUA tenha uma cópia deste álbum.
Confesso que não sou ultra mega fã do Pink Floyd,  mas gosto da maneira simples como eles construiram a identidade da banda. Quando pensamos em Rock Progressivo, logo esperamos ouvir solos virtuosos e músicas eternas de trinta quarenta minutos, mas este não foi o caso do Dark Side, eles conseguiram popularizar o estilo. A Produção do disco foi feito pela própria banda, através de experimentações diversas feitas em estúdio, eu gosto disso, se trancar no estúdio e deixar a criatividade fluir... pra mim a maior característica do Pink Floyd é a maneira como eles são cuidadodos com os timbres e com a gravação...
O Dark Side posso dizer com toda convicção e tenho certeza que ninguém discorda de mim, é uma das maiores obras de arte do século XX sem dúvidas a década de setenta foi realmente fabulosa... quanta criatividade... quanta musicalidade...
Eu sei que este post ficará bastante extenso, mas acho que vale a pena gastar quantas palavras for preciso para descrever detalhes que mexem não só comigo mas com milhões de fãs no mundo inteiro.

A primeira música "Speak to me  breath" começa com diversos sons em forma de looping que definem o conceito de tudo que está por vir, começa com o pulsar de um  coração, gargalhadas de pessoas, som de máquina registradora, som de avião, bombas e gritos de horrores de uma mulher... Eles conseguiram traduzir em sons os temas abordados pelo disco, "O lado escuro da humanidade", dinheiro, drogas, religião, guerras, morte, destruição, ambição etc... 
Interessante notar algumas idéias extremamente inovadoras para época, o fato de não haver silêncio entre uma faixa e outra nos propõe um roteiro como de um filme, este é mais um disco conceitual, que conta uma história. Outra coisa é o uso de loopings, acredito que eles foram uma das primeiras senão a primeira banda de Rock a introduzir este elemento, algo inovador para a época que virou referência e se desenvolveu até chegar ao que temos nos dias de hoje...
O uso dos sintetizadores analógicos, proporcionam timbres que remetem a algo futurista, eles realmente estavam dando uma enorme contribuição para a música eletrônica.
Na música dois "On the Run" a gente vê isso de forma mais explícita o uso dos sintetizadores analógicos com seus osciladores e a mudança da frequência de corte nos equalizadores criam diversos efeitos como sons de avião, sons de relógios, sem falar dos efeitos de gargalhadas e pessoas correndo, esta mistura de subjetividade nos dá uma sensação de desespero e ansiedade, pscicodelía pura.
Na música três "Time" tem duas caracteristica fantásticas, primeiro os relógios foram gravados de verdade, imagine vc caro leitor uma sala cheia de relógios de diferentes tipos e tamanhos, sendo programados para despertar e assim ser captado por diversos microfones, fantástico, na época não era como hoje que com apenas dois clicks temos milhares de samples a nossa disposição, a segunda característica são os tons da bateria na introdução, eles estão afinados exatamente nas notas dos acordes que o piano elétrico e demais instrumentos estão tocando...que fabuloso sem contar o backing vocal totalmente gospel das quatro divas ao fundo, as vozes foram processadas com, osciladores criando um timbre todo especial,.
Na música quatro "The Great Gig in the sky" observamos a influência do jazz nos acordes dissonântes do pianísta Richard Wrigth falecido em 2008, as guitarras havaianas de David Gilmour associado  ao improviso melódico vocal de Clare Torry, esta canção tb era conhecida como "The Religion Song".
A música cinco "Money" foi um estouro, particularmente gosto muito do arranjo desta música, primeiro porque ela é toda em compasso composto, 7/4 e 4/4, de modo alternado, o looping de fita foi gravado pelo próprio compositor da canção tb vocalista e baixista da banda Roger Waters, ele gravou este looping em sua casa, usando um microfone e um gravador de rolo, e algumas peças como, caixa resgistradora, moedas sendo arremessadas dentro de um vaso de cerâmica e papéis que o próprio captou rasgando, sem contar o groove de baixo e guitarra acompanhado por outras guitarras uma com tremolo, outra fazendo o contra tempo, quando entra o sax rasgando tudo o uso de mais uma guitarra com Wa-Wa e o solo do Gilmour como sempre simples com poucas notas, mas com bastante precisão e  profundidade abusando dos efeitos acompanhado de delays longos...

Eu vou parar por aqui, senão vou falar de cada uma das canções e isso vai ficar muito extenso rsss, mas vale ressaltar mais alguns detalhes como: as vozes de Roger Waters e David Gilmour, que juntas parecem uma só, sem contar os efeitos usados nas guitarras como flanger, chorus, sleep eco, tremolo, vibrato, distorções diversas e a execussão de várias linhas diferentes explorando bem o "panorama" criando toda psicodelía que era parte da identidade da banda; orgãos diversos, pianos e sintetizadores de todos os tipos e gostos...
A concepção da mixagem é bastante interessante com o uso de ecos  e reverbs longos, fazem o disco soar grande, criando profundidade e gerando a sensação de que quando ouvimos saímos do plano do nosso mundo real e adentramos em algum lugar desconhecido, talvez o espaço...
A você que nunca ouviu este disco (se é que existe alguém no universo que ainda não ouviu rsss) não perca mais tempo como eu perdi vá correndo e descubra tudo que esta obra tem pra ensinar, indico tb o documentário "Classic albuns -The Dark Side Of The Moon" eu havia assitido na faculdade, mas acabei comprando um pra mim, hoje mesmo assisti mais uma vez rsss....
Acho que nunca vou me cansar de assisti-lo... Bem obrigado por ler este post e comentar, até a próxima
Grande abraço!!






sábado, 15 de maio de 2010

The Beatles - Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band - The Beatles




Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band é o oitavo album lançado pela banda Britânica. É frequentemente citado como o melhor e mais influente álbum da história do rock e da música. Gravado em 129 dias em aproximadamente 700 horas, foi lançado em 1° de Junho de 1967 na Inglaterra e no dia seguinte nos EUA. Considerado como álbum inovador desde sua técnica de gravação até a elaboração da capa. Apesar do pouco apelo comercial, vendeu 11 milhões de cópias só nos Estados Unidos.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sgt._Pepper%27s_Lonely_Hearts_Club_Band

Selo: Parlophone
Produção: Geroge Martin
Projeto Gráfico: Peter Blaker
Duração: 39:50

Este disco marcou minha vida, desde criança por influência do meu Pai, sempre ouvi Beatles, me lembro que com 7 anos eu estava na primeira série, e na primeira página do meu caderno escrevi o nome da banda, bem grande rsrss, eu realmente gostava da música deles, mesmo sem entender direito porque gostava tanto, algo naquela sonoridade mexia comigo...
Muitos anos depois, já na faculdade, ainda no primeiro período, na aula da matéria de Produção Fonográfica ministrada pelo nosso coordenador Mayrton Bahia, tivemos a oportunidade de analisar esta obra de arte mais profundamente e principalmente a concepção técnica, isso mudou minha forma de ouvir música, literalmente abriu meus olhos para novos horizontes...
A primeira característica que destaco é a maneira como este disco foi pensado, pelo mestre George Martin, para mim um dos maiores produtres da história, o mundo estava hipnotizado pela Beatlemania, até então eles faziam um tipo de música divertida, que vendia muito bem, com refrões simples e fáceis de digerir. O lançamento deste disco foi um divisor de águas na carreira dos Beatles, pois foi quando eles deixaram de fazer música só por diversão e começaram a se tornar formadores de opinião, lançando um disco totalmente conceitual, para um artista da música até hoje lançar um disco experimental requer um conhecimento profundo de sí mesmo e de sua identidade artística...
O disco traz conceitos da cultura oriental, uma ampliação de horizontes fantástica acompanhado de composições brilhantes. Ouvindo cada música do disco a impressão é de que estou entrando em um mundo inexplorado...
Os instrumentos que mais ressaltam pra mim são: cítara, clarineta, tuba, cinos, pianos, sintetizadores analógicos como o clavinet, violões, guitarras pouco distorcida, o baixo de Paul como sempre bem velado e bem executado deixando de ser apenas um instrumento que acompanha, sem contar as orquestrações que dão sentido a este mundo de fantasias.
De timbres cômicos que remetem a comédia, até instrumentos orientais pouco explorado no Pop até então, a concepção da mixagem me chamou muito a atenção, a ideia na época ainda não explorada de "brincar" com o "Panorama" no stéreo colocando voz de um lado, instrumentos de outro, sugerem uma mudança profunda na produção musical, os efeitos de delay de fita, dando uma profundidade fantástica a algumas canções, a distorção na voz dando um toque de rebeldia, sem contar o pscicodelismo bem explorado abrindo portas para o Rock Progressivo que logo depois veio como uma avalanche e conquistou o mundo...
Até então ninguém gravava um disco com intuito de contar uma história, na minha opinião este foi o disco que inspirou uma nova forma de se fazer disco, cantar um roteiro, cantar conceitos e valores... Algo totalmente inovador para a época, um verdadeiro divisor de aguas na história do mundo, que causou um impacto sem precedentes, as rádios o tocavam dias a fio...
As músicas que mais gosto são: "Lucy in the sky with diamonds" e "A day in the life" o arranjo desta última é fabuloso, vale a pena conferir.