quarta-feira, 3 de novembro de 2010

LISTA PARA SE CONHECER UM POUCO SOBRE O SOUL



Pode-se dizer que, a Soul Music começou entre o fim dos anos 50 e o começo dos anos 60. Mais propriamente no Estado do Tennessee, na cidade de Memphis, nos E.U.A.
A mistura do Jazz, R&B e a música Gospel, originou esse estilo inconfundível que viria a ser a expressão solidária dos negros, o orgulho de raça na nação americana que procurava o fim da segregação, encontrando a sua identidade e espiritualidade.
Seus precurssores foram, sem dúvida, Ray Charles, James Brown e Sam Cooke, nos quais não listei porque vale a pena ouvir a obra inteira destes gênios.

Claro que faltaram muitos nomes principalmente do Gospel, mas vale a pena dar uma conferida na lista abaixo.
 
 MARVIN GAYE – LET´S GET IT ON (1973)



Este foi o maior pregador que a igreja católica teve. A música aqui é tórrida, sôfrega e cheio de sentimento. O álbum é cheio de jogos criativos, suntuoso e surpreendente. Muitos discos tentaram copiar essas qualidades, mas nenhum conseguiu superá – lo.


STEVIE WONDER – INNERVISIONS (1973)




Concluindo uma trilogia iniciada em 1972 com Music Of MyMind, este não foi a raspa do surto criativo no qual o artista vinha, e sim o álbum mais ambicioso e visionário de Wonder. Os temas políticos dão tom ao álbum, a melancolia, o funky e como disse o próprio Stevie Wonder, Innervisions traz a minha própria perspectiva do que acontecia no meu mundo e a todo mundo.


 CURTIS MAYFIELD – SUPER FLY (1972)



Uma ótima trilha sonora, que foi o único álbum de Mayfield que chegou no 1º lugar das paradas.Vindo de uma carreira solo desde o início da década de 70, Curtis vinha animando as pistas de dança de todo o mundo, com seu som característico e suntuoso mas funky, com ótimas orquestrações mesclando guitarra, cordas entusiasmadas, majestosos metais e ritmos fluídos.



 
ARETHA FRANKLIN – I NEVER LOVED A MAN THE WAY I LOVED YOU (1967)



Libertada da Columbia, Aretha viajou para o Fame Studio no Alabama em fevereiro de 1967, mas um desentendimento entre o empresário, o marido da cantora, Ted White e um músico da banda fizeram com que as sessões fossem transferidas para os estúdios da Atlantic, gravadora da cantora, em Nova Iorque. Assumindo a realeza do Soul pela poderosa expressão de sentimentos embutidos nas canções, é impossível ouvir este disco sem se emocionar.


 ISAAC HAYES – SHAFT( 1971) 
 



De enorme sucesso esta trilha Sonora, ainda faz com que este filme seje lembrado como um símbolo da época. Hayes foi compositor, produtor e arranjador, criando todo o tema musical, além de cantar e tocar vibrafone, órgão e piano elétrico. Gravado nos estúdios da Stax com a batida burilada dos Bar – Kays e as orquestrações dos Memphis Strings and Horns, se torna uma variedade do conhecimento musical de Hayes.


OTIS REDDING - OTIS BLUE : OTIS REDDING SINGS SOUL (1965)




Filho de pastor tinha o gospel no sangue, mas com Otis Sings Soul ele abrange não só o soul , como o R&B e o pop se tornando um clássico que foi gravado no legendário estúdio da Stax, contando com um timaço de músicos incluindo os fantásticos M.Gs.


SAM COOKE – LIVE AT THE HARLEM SQUARE CLUB (1963)



Gravado num clube operário em um gueto de Miami,este é considerado um de seus melhores álbuns ao vivo, sendo que o mesmo demorou 22 anos para ser lançado. Ao longo do disco Cooke se apresenta como um showman triunfante e autoconfiante com uma performance bastante provocante.


 THE TEMPTATIONS – CLOUD NINE (1969) 
 


Este album tem sua origem no Motown Producer´s Workshop em Detroit.Tendo o produtor Norman Whitfield se juntado a banda no final dos anos 60, e tendo a baixa do cantor David Ruffin que largou a banda em 1968, o produtor aceitou o desafio de gravar um ótimo álbum com uma banda que já havia emplacado alguns sucessos, e não é que o disco deixou Berry Gordy, Funkadelic, Curtis Mayfield, Isaac Hayes e Barry White de cabelos em pé, com suas ótimas vocalizações e apresentando um novo som Motown.


ETTA JAMES – TELL MAMA (1967) 
 

Etta dominava como poucas cantoras da época a linguagem do Soul, R&B, Jazz, Blues e o que mais lhe pedissem pra cantar. Com este disco extraordinário e cativante causando arrepios na espinha, assim como altas doses de energia são despejados para o deleite do ouvinte.


 AL GREEN – LET´S STAY TOGETHER (1972) 
 



Green era do Arkansas, e fazia sucesso com a banda Soul Mates.Tendo a voz como um maravilhoso e versátil instrumento capaz de pular de um tom grave e áspero para um doloroso falsete, Green fez deste disco sensual e cheio de sentimento transcedental um alimento espiritual completo. Aqui também a técnica de produção de Willie Mitchell atingiu sua melhor expressão.


Colaboração Fred Macedo